segunda-feira, 20 de junho de 2011

"OS MISTÉRIOS DO OLHO DE HÓRUS"

Olho de Hórus ou 'Udyat' é um símbolo, proveniente do Egito Antigo, que significa proteção e poder, relacionado à divindade Hórus. Era um dos mais poderosos e mais usados amuletos no Egito em todas as épocas.


Segundo uma lenda, o olho esquerdo de Hórus simbolizava a Lua e o direito, o Sol. Durante a luta, o deus Set arrancou o olho esquerdo de Hórus, o qual foi substituído por este amuleto, que não lhe dava visão total, colocando então também uma serpente sobre sua cabeça. Depois da sua recuperação, Horus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Set. Era a união do olho humano com a vista do falcão, animal associado ao deus Hórus. Era usado, em vida, para afugentar o mau-olhado e, após a morte, contra o infortúnio do Além.
O Olho de Hórus e a serpente simbolizavam poder real tanto que os faraós passaram a maquiar seus olhos como o Olho de Hórus e a usarem serpentes esculpidas na coroa. Os antigos acreditavam que este símbolo de indestrutibilidade poderia auxiliar no renascimento, em virtude de suas crenças sobre a alma. Este símbolo aparece no reverso do Grande selo dos Estados Unidos da América,sendo também um símbolo freqüentemente usado e relacionado a Maçonaria.

O Olho Direito de Hórus representa a informação concreta, factual, controlada pelo hemisfério cerebral esquerdo. Ele lida com as palavras, letras, e os números, e com coisas que são descritíveis em termos de frases ou pensamentos completos. Ele aborda o universo de um modo masculino.

O Olho Esquerdo de Hórus representa a informação estética abstrata, controlada pelo hemisfério direito do cérebro. Lida com pensamentos e sentimentos e é responsável pela intuição. Ele aborda o universo de um modo feminino. Nós usamos o Olho Esquerdo, de orientação feminina, o lado direto do cérebro, para os sentimentos e a intuição.

Hoje em dia, o Olho de Horus adquiriu também outro significado e é usado para evitar o mal e espantar inveja (mau-olhado), mas continua com a idéia de trazer proteção, vigor e saúde.


Origem da palavra "Tattoo"

A palavra tatuagem origina-se do inglês tattoo, o pai da palavra "tattoo" foi o capitão James Cook , que escreveu em seu diário a palavra "tattow", também conhecida como "tatau", uma onomatopéia do som feito durante a execução da tatuagem, em que se utilizavam ossos finos como agulhas, no qual batiam com uma espécie de martelinho de madeira para introduzir a tinta na pele.



O conceito de “origem independente” se adequa a tatuagem, pois ela foi inventada várias vezes, em diferentes momentos e partes da Terra, em todos os continentes, com maior ou menor variação de propósitos, técnicas e resultados Charles Darvin, quando escreveu o livro “A Descendência do Homem” em 1871, afirmava que do Pólo Norte à Nova Zelândia não havia aborígine que não se tatuasse, para entender o conceito de multinascimento, alguns críticos supõem que a tatuagem estava na bagagem das grandes migrações dos grupos humanos e por isso passou de um povo para o outro.

Através da arte pré-histórica podemos encontrar vestígios da existência de povos que cobriam o corpo com desenhos em vários exemplares de arte rupestre, foram encontrado desenho de formas humanas com pinturas em seus corpos, assim como estatuetas com esses mesmos desenhos corporais indicando a possibilidade da existência da tatuagem nesses povos, há uma hipótese de que, nos primórdios, marcas involuntárias adquiridas em guerras, lutas corporais e caças geravam orgulho e reconhecimento ao homem que as possuísse, pois eram expressões naturais de força e vitória.

O homem, então, partindo da idéia de que marcas na pele seriam sinônimos de diferenciação e status, passou a marcar-se voluntariamente, fazendo ele mesmo seus ferimentos pelo corpo, que com o passar do tempo deu espaço para a criação de desenhos utilizando-se de tintas vegetais e espinhos para introduzi-las à pele.

A partir daí, diversos povos, de diversas culturas começaram a usar pinturas definitivas por motivos espirituais, em rituais de várias espécies e fins, para a guerra, para marcar os fatos da vida biológica: nascimento, puberdade, reprodução e morte entre outros no entanto, foi com a descoberta das múmias que ficou provado real e concretamente que a arte da tatuagem acompanha o homem desde o seu surgimento a múmia mais antiga do mundo foi encontrada em 1991, na Itália e data de 5.300 anos antes de Cristo, conservou-se congelada em um bloco de gelo e tinha tatuagens acompanhando toda a espinha dorsal, além de uma cruz numa das coxas e desenhos tribais por toda a perna.

A segunda múmia mais antiga do mundo é de uma princesa egípcia que apresentava um grande espiral desenhado na barriga, região do baixo ventre, que alguns antropólogos relacionaram a possíveis rituais de fertilidade, outras múmias apresentaram tatuagens de conteúdo mágico ou médico. Em algumas delas, como na múmia de uma sacerdotisa de 2000 a.C havia linhas horizontais e paralelas à altura do estômago, possivelmente para proteção contra gravidez ou doenças, múmias com os mesmos tipos de sinais foram encontradas no vale do rio Nilo e segundo especialistas, as tatuagens em múmias do sexo feminino tinham um efeito cosmético, para realçar seus encantos.

Em escritos antigos de Heródoto, chamado “O pai da história”, há citações sobre a existência de um povo muito antigo no norte Europeu que tinha o costume de fazer desenhos definitivos pelo corpo, esses povos eram denominados “Pictus”, por esse mesmo costume, os ”Pictus” não se tatuavam por vaidade, acreditavam que as tatuagens lhes davam poder e força e que os desenhos ficavam impressos na alma para que eles pudessem ser identificados após a morte por seus antepassados, seus guerreiros recebiam as tatuagens depois de um ato de bravura, as linhas entrelaçadas dessas tatuagens, complicadíssimas de serem realizadas, serviam para distrair o inimigo, além de representarem a interconexão de todas as coisas sobre a terra.



Os nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia (maori), tatuavam-se em rituais complexos, sempre ligados à religião, os Maori se destacaram pela criatividade do Moko, tatuagem tradicional feita no rosto, os povos Celtas e Vikings, os dinamarqueses, os normandos e os saxões, também desenvolveram os seus próprios estilos de tatuagem, a técnica pouco variava, mas os desenhos e motivos das pinturas eram singulares em cada cultura.



No Taiti, segundo tradição local, a prática da tatuagem seria de origem divina, durante o Po’ (período obscuro) ela teria sido inventada pelos dois filhos do deus Távora Mata Mata Arahu (aquele que imprime com carvão de madeira) e Tu Ra’i Po’ (aquele que reside no céu obscuro) que faziam parte do grupo de artesões, eles inventaram a tatuagem e ornamentaram-se com um motivo denominado “Tao Maro” com o intuito de seduzir e tirar a virgindade de uma linda mulher, que era mantida prisioneira e vigiada por sua mãe; Hina Ere Ere Manua, movida pelo desejo de se deixar tatuar, consegue enganar a vigilância da mãe e é finalmente “tatuada”. Estes ilustres antepassados são sempre invocados antes de se Iniciar uma tatuagem, a fim de que a tatuagem seja perfeita, que as feridas cicatrizem rapidamente e que os desenhos se revelem agradáveis à vista.



Para os Samoanos, o ato de pintar o corpo marcava a passagem da infância para a maioridade, enquanto não fosse marcado, o membro da tribo, por mais velho que fosse, não teria voz numa roda de adultos, nem teria permissão para tomar uma esposa para si, a tatuagem também funcionava como instrumento de ascensão social, quanto mais tatuado fosse o Samoano, mais alto seria seu estatuto na tribo. Na clandestinidade, sob o jugo do poder pagão, os primeiros cristãos se reconheciam por uma série de sinais tatuados, com destaque para a cruz já as letras IHS, abreviatura do nome Jesus, o peixe, letras gregas, etc.



No Japão feudal as tatuagens eram usadas como forma de punição, tornando-se sinônimo de criminalidade, para os japonêses, muito preocupados com sua posição na sociedade, ser tatuado era pior do que a morte, mais tarde, na era Tokugawa, época de intensa repressão, ser criminoso se tornou sinônimo de resistência, popularizando a tatuagem, foi nessa época que surgiu a Yakuza, a máfia japonesa, cujos membros têm os corpos todos pintados em sinal de lealdade e sacrifício à organização e simbolizando a sua oposição ao regime.



Os chineses acreditavam que as tatuagens desviavam o mal de quem as possuía e marcavam a pele com labirintos sinuosos para confundir os olhos do inimigo.



A Idade Média baniu a tatuagem da Europa, com o argumento de que era “coisa do demônio”. Qualquer cicatriz, má formação ou desenho na pele não era visto com bons olhos e essas pessoas eram perseguidas, aprisionadas e mortas em fogueiras pela inquisição a mando dos senhores feudais que queria exterminar possíveis “redentores do povo”, isso acabou dando sustentação aos povos bárbaros, os conquistadores, e ajudou a qualificarem os Maias de "adoradores do diabo" e os massacrarem pelo seu ouro.



Na América, tanto as tribos indígenas dos Estados Unidos, quanto as civilizações Maias e Astecas, eram praticantes da tatuagem, para se ter uma ideia os Índios Sioux, tatuar o corpo servia como uma expressão religiosa e mágica, eles acreditavam que após a morte, uma divindade aguardava a chegada da alma e exigia ver as tatuagens do índio para lhe dar passagem ao paraíso.



Surgindo uma gama de tatuadores que eram artisticamente ambiciosos. Eles acharam muitos clientes nas décadas de 1950 e 1960. Durante muito tempo, nos Estados Unidos, a tatuagem esteve associada a classes sócio-econômicas mais baixas, aos militares, aos marinheiros, às prostitutas e aos criminosos.



No Brasil a tatuagem artística chegou em 1959, através do dinamarquês "Knud Harld Likke Gregersen", que desembarcou no Rio de Janeiro e passou a morar em Arraial do cabo em Cabo Frio, ele ficou conhecido como "Lucky Tattoo" ou ”Mister Tattoo” Knud dizia que suas tatuagens davam sorte, ficou conhecido pelo seu diferencial de em tatuar pois empregava o método de tatuagem com maquina propia e desenhos de catalogo até então inexistentes e desconhecidos pelos brasileiros, assim nascia também a era da tatuagem elétrica, vários artistas se tatuaram com Lucky e como até hoje isso virou referencia, mas a grande popularização da tatuagem inflamou na década de 80, e certamente a musica de Chico Buarque de Holanda influenciou muito para que a tatuagem se difundisse com mais intensidade pois identificava se facilmente com personagens da Zona Sul Carioca, “Menino do Rio” favoreceu muito a tatuadores e tatuados, surgiram então as tatuagens multicoloridas isso foi o auge do verão de 80, e desde então, a tatuagem teve um aumento tão grande de popularidade que o número de estúdios nesses últimos 30 anos subiu de cerca de 100 para mais de 180.000 isso mesmo você não foi erro de digitação estima-se que no Brasil possua em torno de 800.000 (oitocentos mil) tatuadores e cento e oitenta mil studios de tatuagem.


Hoje em dia, é difícil encontrar alguém que não tenha ao menos pensado em fazer uma tatuagem, tatuagem perde cada vez mais o estigma marginal que costumava caracterizá-la e está nos corpos de pessoas de várias idades e classes sociais e muitas do meio artístico que influenciam demasiadamente, de uma simples marca tribal até gigantescos dragões, elas deixaram a clandestinidade para ganhar as ruas, as tatuagens hoje, no mundo da estética, são muito bem recebidas e até recomendadas por dermatologistas na cobertura de manchas ou cicatrizes, e também na recomposição de sobrancelhas, delineamento dos olhos e lábios, a tatuagem passou a ser reconhecida como arte, devido a realização encontros e convenções para a competição entre os melhores trabalhos, atualização e modernização dos métodos de aplicação e de assepsia porem o maior e mais importante acontecimento recente foi o sugimento do SETAP-BR "Sindicato dos Estúdios de Tatuagem e Body Piercing do Brasil” um sindicato a nível federativo, que esta regulamentando a tatuagem no Brasil e será um órgão que atuara em conjunto com a ANVISA a nível Brasil e assim a Tatuagem será reconhecida nacionalmente como profissão e alcançara o status tão merecido, devido ao esforço de vários profissionais que a cada dia dão o melhor de si pra prestar um serviço digno, honesto e de qualidade o processo foi lento mas a vitória é certa!

Obs: Pesquisa realizada pela revista Egito - Mistérios/2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

"DEUSAS DO VENTRE"

Raqia Hassan: Raqia Hassan é egípcia, professora e coreógrafa de Dança do Ventre conhecida no mundo todo.

Muitas grandes bailarinas famosas do mundo inteiro já foram suas alunas como Aza Sharif, Mona el Said, Nani, Nelly Fouad, Dina, Amani, Soraya Zaied, Dandash, Randa Kamal.

Ainda hoje bailarinas de diversos cantos do mundo dirigem-se ao seu pequeno estúdio para fazer aulas de Dança do Ventre.


Ela ministra workshops em vários países, já tendo estado no Brasil algumas vezes, trazida pelo empresário Omar Naboulsi e pela rede de escolas Luxor.

Promove há anos o Ahlan Wa Sahlan Festival no Cairo, Egito, o maior festival de Dança do Ventre do mundo.

Após anos de sucesso deste festival, que ocorre no verão no Egito (em junho), Raqia passou a organizar o evento de inverno, que ocorre sempre no mês de dezembro também no Cairo.

Possui diversos DVDs didáticos, além de DVDs e CDs produzidos a partir do evento que organiza no Cairo.
Alguns de seus vídeos/ DVDs didáticos no Brasil são: Raqia Hassan Technique Vol VI , VII e VIII

Raqia Hassan foi durante muito tempo um dos principais membros da famosa Reda Troupe, grupo de dança folclórica de Mahmoud Reda. Mass conta que sua preferência não é pelo folclore árabe, então de muito tempo para cá dedica-se mais à dança oriental, sendo considerada a melhor coreógrafa no Egito atualmente e umas das principais responsáveis pela preservação da essênia da dança oriental clássica.

Sua fama de professora não veio como consequência de sua carreira solo como ocorre com a maioria das bailarinas. E ela explica como isso ocorreu: “My name comes from my work. Normally the teacher has to be a dancer. People go to her class because they’ve seen her dance. Me, I started to teach, and the people knew me from my teaching, and from my students. I started to teach people who were or became famous, this is my good luck, tabaan.”

Suas coreografias expressam muito sentimento ao dançar. Para ela, ouvir constantemente a música árabe ajuda, pois a dança vai de mãos dadas com a música.
- A frase a seguir diz muito sobre esta grande conhecedora da dança oriental: "Quando eu vou assistir uma bailarina, ela deve me deixar relaxada. A dança não é sobre o quanto você utiliza de força, mas sobre o quanto você sente"


Souhair Zaki:ouhair Zaki nasceu em 1944, em Mansoura, Egito, onde viveu com sua família.
Sua paixão pela dança surgiu desde criança, embora não tenha tido influencia da família, e muito menos a aprovação de seu pai.
"Eu costumava ir direto da escola para o cinema, para assistir Tahia Carioca e Sâmia Gamal na grande tela. Eu até mesmo cortei meu cabelo e arrumei para ficar parecida com Fairuz", diz Souhair, referindo-se a uma estrela mirim do cinema egípcio.
Aprendeu a dançar sozinha e começou a se apresentar em casamentos e festas familiares desde criança.

Aos 9 anos (em 1953) se mudou para a Alexandria juntamente com sua família.
Ela foi a primeira bailarina a dançar músicas de Om Khalthoum, uma das maiores cantoras da história da música árabe.
Também dançou para muitas autoridades como o ministro de defesa da Rússia e o presidente Nixon dos EUA. E participou de alguns filmes.
O estilo de dança de Souhair era natural e simples, o oposto de algumas bailarinas, como a Nagwa Fouad.
Como nos diz Raqia Hassan: "Souhair Zaki resume a dança natural. Seu apelo está em sua simplicidade: ela traduziu a música de forma precisa e natural, sem excessos ou exibicionismo. Seus passos têm resistido aos anos, e são ensinados até hoje. Ela sempre foi autêntica apresentando-se e fingir nunca fez parte do seu estilo. Do mesmo jeito que a vê hoje, ao vivo, calma, tranqüila para conversar e educada, ela sempre foi assim em cena".

Souhair tornou-se uma das bailarinas mais famosas dos anos 60 e 70 no Egito, tanto no cinema como no palco.

Fez parte da chamada Idade de Ouro da Dança do Ventre, tornando-se uma lenda da Dança Oriental, assim como Tahia Carioca e Samia Gamal.

Apesar de não mais se apresentar, Souhair ainda é muito querida pelos egípcios, pois ainda exerce seu carisma e simpatia.
Souhair se recorda da época em que dançava: "Aqueles dias nunca mais voltarão atrás. A atmosfera, os clientes, os convidados. Onde estão eles agora? A dança Oriental foi minha vida. Eu tenho meu filho e meu marido. Mas as melhores memórias de minha vida são todas da dança".


Nagwa Fouad: Nagwa Fouad é a mais famosa das bailarinas da segunda metade do século XX.
Nasceu em 1942, sendo filha única de uma família de egípcios.
Começou a dançar aos 16 anos em festas de casamento familiares e encontros sociais.
Seu nome de nascimento era Awatef Mohammed El Agamy.
Quando se mudou para o Cairo já gostava de dançar e fazia pequenas apresentações, e percebeu que na capital poderia tornar-se bailarina profissional.
Aprendeu música e dança ocidental. Também foi cantora, artista de teatro e cinema.
O primeiro filme que fez foi "Sharei El Hob" (La Calle del Amor), que contou com a participação de alguns músicos como o cantor Abdel Halim Hafiz com a canção "Olulu".
Nagwa Fouad fez a primeira aparição dela no filme com esta música. E na opinião do derbakista Hossam Ramzy foi o mais próximo da melhor demonstração natural de como dança uma jovem egípcia comum. Segundo ele a dança de Nagwa foi “perfeitamente inocente, cheia de amor, emocionalmente bem expressada, traduzindo cada parte da música de uma maneira maravilhosa e retratando o argumento da história em uma atuação magistral que deve ser vista para se crer”.
Com este filme Nagwa e Abdel Halim Hafiz tornaram-se famosos e ela tornou-se a bailarina oficial de Abdel, acompanhando-o em todos os seus shows.
Em 1976 o lendário compositor Mohamed Abdel Wahab também escreveu uma música especialmente para ela: Arba´ tashar. (colocar trecho da música no site; fazer propaganda do cd para vender no site).
Ela se apresentou na Europa e Estados Unidos, onde então fundou uma escola de dança oriental em Nova Yorque. (Esta escola ainda existe?). Vender DVDs dela no site.

Reservava em sua apresentações sempre um momento do show especial para o violino.
Fez muito sucesso como bailarina nas décadas de 50, 60, 70, 80 e 90.
Mas no início de 1992 retirou-se definitivamente da dança para consagrar-se no cinema.


Fifi Abdo: Fifi Abdo começou dançando em casamentos aos vinte anos.

No ano de 1972 fez sua primeira aparição no cinema como bailarina e atriz.

É grande admiradora de Tahia Carioca, sobre a qual inclusive estava planejando fazer um filme ou uma novela.
Teve sua fama consagrada após participar do filme "Una mujer no es suficiente", atuando com atores famosos da época, no ano de 1989.

Fifi abdo também trabalhou no teatro, fazendo peças musicais, onde misturava dança, teatro e música.

Ficou bem conhecida pelos seus shimies. No entanto, há quem a critique dizendo que seu repertório de passos é limitado.

Ela é muito admirada por muitos, e também odiada por outros, que alegam que seu comportamento é vulgar e provocativo.

O que se deve ter em mente é que Fifi sempre foi uma bailarina polêmica, tendo sido envolvida em uma série de escândalos.

Ela tem 6 empresários, e diz-se que as polêmicas que giram em torno dela não passam de jogos de marketing planejados por seus empresários.

Em entrevista que deu em março de 2005, FiFi disse que havia parado apenas de dançar em festas privadas e casamentos. Mas que enquanto sua condição de saúde permitir ainda continuará dançando em certas ocasiões. Aproveitou ainda para dizer que não considera a Dança do Ventre um tabu, mas uma arte e parte da herança egípcia.

Fifi contribuiu muito para melhorar a situação das bailarinas no Egito, pois que, entre outras coisas, criou um sindicato de bailarinas no pais, com o intuito de garantir e reivindicar direitos às tão mal vistas e mal faladas profissionais da área. Em conseqüência disso, Fifi Abdo passou a se apresentar acompanhada de seguranças para se preservar de escândalos e se proteger.

Seu lado humanitário não deve ser esquecido: no mês do Ramadan, Fifi oferece comida e bebida aos pobres, que ela mesma prepara em grandes mesas na rua.

"MODALIDADES NA DANÇA DO VENTRE"

A Dança do Ventre possui diversas modalidades desde a tradicional que não utiliza nenhum objeto até outras variações nas quais se dança com objetos cênicos.
É o caso por exemplo da Dança com Véu, com Taças, com Espada, entre outras.
Confira abaixo as principais delas!


Dança com Punhal:Dança com um punhal de metal feito especialmente para a dança, também conhecido como adaga. Pode ser dourado ou prateado e é vendido em lojas especializadas em artigos pra Dança do Ventre.

Pouco se sabe sobre seu surgimento, mas há hipóteses de que tenha surgido na Turquia pelos ciganos.

Geralmente a bailarina entra com o punhal escondido na roupa e no meio da dança o retira dançando com ele.

Ela faz desenhos no ar com o punhal, e às vezes o prende em algumas partes do corpo como na boca, na cintura ou no peito.

Ás vezes no meio da dança uma ou mais bailarinas podem simular uma luta com o punhal.

Não se dança geralmente ao som de músicas muito animadas ou alegres, como solos de derbak ou músicas folclóricas. Usam-se mais músicas não muito aceleradas, e que tenham um certo grau de mistério, para combinar com a dança. Além disso, não há um ritmo definido para esta dança.
Pelo punhal ser um objeto que representa combate ou defesa, a dança pode acompanhar tal sentimento, ou seja, de alguém se defendendo, numa dança forte, carregada de sentimentos, bem expressiva.

Não há um traje específico, portanto pode ser dançada com uma roupa típica de dança do ventre de duas peças, bem como com um vestido.

A bailarina movimenta, manuseia e segura o punhal de diferentes maneiras durante a dança, sempre tentando dar uma interpretação introspectiva, de mistério, de luta, batalha, proteção.


Dança com Snujs:Os snujs são Símbolos de metal, usados um par em cada mão. Um deles se prende ao dedo médio e o outro ao dedão por meio de um elástico. O elástico não deve estar muito solto para não cair, e nem muito apertado para não prender a circulação sanguínea.

Eles podem ser tocados pelos músicos, ou então pela própria bailarina enquanto dança. Neste caso, requer grande habilidade da bailarina, que deve dançar e tocar ao mesmo tempo.

É um instrumento percussivo que pode acompanhar a música toda, apenas algumas partes e/ ou os breaks (paradas) da música. Geralmente as músicas mais indicadas são as mais aceleradas, mais animadas, com ritmos ou floreados bem marcados. Não é indicado tocar em taksins ou qualquer outro momento lento da música.

Os snujs dão um incremento à dança, já que dinamizam o ritmo e dão floreado à música. Mas é preciso conhecer bastante a música e treinar bem os toques para que o som fique bom. Pois caso contrário, a música e a dança ficarão poluídas.

Existem snujs prateados ou dourados, lisos ou com desenhos, pequenos, médios ou grandes. A escolha depende da preferência de cada um, bem como da habilidade, pois os snujs maiores requerem mais treino.

Com o tempo os snujs podem escurecer ou ficar esverdeados e para voltar à sua cor original, pode-se usar alguns produtos que são vendidos em casas especializadas de instrumentos.

São necessários alguns cuidados com o armazenamento para prolongar a qualidade do som e a aparência dos snujs. Por isso é importante não guardá-los úmidos e deixá-los envolto em algum tecido.

O bom som produzido pelo snuj acontece quando se toca um no outro e logo em seguida o som ainda continua reverberando no ar. Ou seja, quanto mais o som se estender no ar, melhor é a qualidade do snuj.


Dança com Pandeiro:O pandeiro é um acessório cênico utilizado pela bailarina enquanto dança e é tocado apenas em alguns momentos para fazer as marcações da música. Ou seja, ela não toca o tempo inteiro como faz o músico com o pandeiro.

Ele serve para dar um charme a mais, para incrementar a dança.

Não deve ser tocado em músicas lentas ou taksins. Há quem o toque em solos de derbak, o que pode torná-los ainda mais bonitos, se bem executados.

Usar roupas alegres, geralmente com moedas. Pode ser dançada com um vestido baladi, que também é usado para a dança da bengala.

Nesta dança a bailarina realiza alguns movimentos da dança do ventre enquanto segura o pandeiro próximo ao quadril, acima do ombro ou da cabeça, por exemplo, como um elemento decorativo.

Realiza também batidas do pandeiro em diferentes partes do corpo, como mão, cotovelo, ombro, quadril, joelho, para marcar as partes mais fortes da música.

Uma dica é fazer batidas no pandeiro apenas nas batidas mais fortes da música, e nos outros momentos utilizá-lo como elemento decorativo.

Por isso recomenda-se que se dance em músicas alegres, animadas, ritmadas e bem marcadas.

Geralmente usam-se ritmos mais rápidos, nos quais acompanham-se as batidas da percussão, como por exemplo no said, malfuf e falahi.

O pandeiro árabe, ou daff, como também é chamado, tem o som e a aparência um pouco diferente do nosso pandeiro ocidental.

Diz-se que ele entrou na Dança do Ventre através dos ciganos do Antigo Egito.


Dança das Flores:Dança festiva e comemorativa, na qual a bailarina dança com um cesto de flores ou de pétalas de flores.

Dizem que esta dança surgiu na época em que as camponesas egípcias trabalhavam na colheita de flores durante a primavera, e para amenizar o trabalho, cantavam e dançavam.

Mais adiante, tornou-se uma dança comum nas festas populares.

É uma dança delicada e alegre. Boa para começo ou abertura de show, bem como para comemorações especiais como dia dos namorados, dia das mães.

Não há trajes, ritmos ou músicas especificas, mas sugere-se dançar ao som de músicas alegres e que tratem de temas relacionados a flores ou colheitas.

Enquanto dança, a bailarina pode segurar o cesto de flores na cabeça, no ombro, ao lado do quadril, etc. Pode prender uma flor entre os dentes, bem como movimentar e segurar a saia enquanto dança.

A entrega de flores ou pétalas ao público durante a dança é comum também, e acrescenta um charme à apresentação.

Dicas de movimentação:

-segurar a cesta com uma mão e a outra colocar na cintura, e fazer alguns movimentos de quadril como básico egípcio e oitos;
-fazer desenhos no ar (como círculo por exemplo) com o cesto nas duas mãos.
-segurar o cesto sobre um ombro e fazer básico egípcio e oitos;
-segurar o cesto com as duas mãos e aproximá-lo do movimento de quadril, por exemplo do básico deslocando;
-segurar o cesto acima da cabeça e fazer oitos;
-colocá-lo no chão e dançar próximo a ele antes de pegá-lo novamente.


Dança da Espada:Uma variação da Dança do Ventre, ou seja, uma modalidade, na qual a bailarina dança com uma espada, feita especialmente para isso.
É uma dança que exige equilíbrio, pois que há movimentos em que se equilibra a espada em partes do corpo, além de exigir força, já que a espada é um pouco pesada.
A bailarina pode equilibrar a espada na cabeça, na mão, na cintura, no busto, no abdômen, e na perna enquanto dança.
Mas não se pode esquecer também da graciosidade e do charme presentes nesta dança.
Além de equilibrar a espada, a bailarina também faz movimentos com a espada no ar e realiza outros movimentos característicos da dança do ventre como oitos, redondos, ondulações, shimis, entre outros.
Movimentos de chão podem ser feitos, tomando-se sempre o cuidado com a roupa, para não estragá-la, e para que não saia do lugar, mostrando a calcinha, por exemplo.
Esta dança não requer ritmos ou trajes específicos, mas devem-se evitar os ritmos folclóricos. Geralmente é dançada em um ritmo mais lento, podendo a música apresentar algumas partes rápidas.

Dança com Véu:O véu na Dança do Ventre é como uma extensão da bailarina, de seus braços, proporcionando um ar de mistério, leveza e encanto.

A dança com véu pode variar de acordo com a intenção e criatividade da bailarina: pode-se dançar com um único véu, com dois ou até nove.

Algumas bailarinas fazem uso do véu aliado aos snujs, por exemplo, querendo assim demonstrar sua habilidade com os acessórios da dança.

Não é muito comum nos países árabes. É mais usado nos países ocidentais como o Brasil e os Estados Unidos.

Não há traje e nem ritmo específico para sua execução. Apenas recomenda-se evitar ritmos folclóricos e solos de derbak. A música pode ser mais lenta ou mais rápida.

Pode-se dançar com um ou mais véus presos à roupa, sem que necessariamente se retire para dançar. Neste caso ele se torna um adereço e não um objeto com o qual se dança.

A bailarina pode iniciar sua dança com um ou mais véus e depois jogá-los durante a dança.

Esta dança exige equilíbrio pois pede deslocamentos e giros. Também requer habilidade da bailarina já que este objeto cênico se movimenta durante a dança, ao contrário do punhal por exemplo.

Há um intenso trabalho de braços, portanto eles devem estar alongados para realizar movimentos amplos e belos.


Véu Leque:Leque de seda para a dança do ventre, além de mais um elemento, é a marca de uma fusão com a dança tradicional oriental. Não se tem uma definição de onde começou a dança que conhecemos por Fan Veil, ou véu leque, mas há um indício de que sua origem tenha sido na dança oriental coreana e japonesa, Buchaechum (coreana) e a Odori (japonesa).


A dança com o véu leque seria uma combinação da dança oriental com a dança do leque coreana Buchaechum (fan dance). Sendo que foi adaptado um véu de seda pura ao leque para dar ênfase aos movimentos.

O fan véu começou a aparecer na dança do ventre por volta de 2003. Época em que vários grupos de dança chinesa começaram a se apresentar com frequência nos E.U.A, e pode ter influenciado as praticantes da dança do ventre a fazerem essa fusão.

A fusão permite criar algo novo e diferente, como performances mais arrojadas na dança do ventre. Acredita-se que foi assim que os movimentos da dança chinesa se fundiram muito bem com os movimentos da dança do ventre.

Atualmente o Leque com véu de seda é a última moda entre as dançarinas de dança do ventre do mundo todo. A beleza encantadora dele, o efeito que proporciona quando movimentado com destreza e graciosidade é um ponto alto no show.

A dança com os fans (leques) é uma oportunidade para aqueles que querem experimentar a fusão dos movimentos da dança do ventre, com ritmo coreano ou japonês. Quando bem trabalhados, ficam maravilhosos!


Dança dos Sete Véus:A dança dos sete véus não é uma dança folclórica e não tem caráter erótico, apesar do que comumente se possa imaginar.

Sua história é pouco precisa e certa. Por conta disso há muitos mitos e lendas acerca de sua origem e de seus significados.

Uma delas diz que era uma dança praticada por sacerdotisas dentro dos templos da deusa egípcia Isis. Uma outra lenda diz que a dança dos sete véus está associada à passagem bíblica onde Salomé pede a cabeça de João Batista.

Em uma apresentação, a bailarina vai retirando cada um dos sete véus que estão presos ao seu corpo enquanto dança.

Cada véu é retirado com habilidade, delicadeza e naturalidade. Fazendo movimentos com cada véu, assim como movimentos ondulatórios, laterais de cabeça, movimentos de mãos, movimentos de transe.

Também podem-se explorar giros, descidas, cambrees, deslocamentos.

As cores dos véus geralmente são vermelho, laranja, amarelo, verde, azul-claro, lilás, branco. Isso não é uma regra, podendo variar conforme a escolha da bailarina.

O tamanho dos véus e a disposição deles no corpo também são de escolha pessoal.

Geralmente o tamanho de cada véu é determinado pelos tipos de movimentos que se pretende fazer com ele e também do local do corpo que se pretende prendê-lo.

Recomenda-se que a roupa da bailarina, embaixo dos sete véus, seja preferencialmente de cor clara e suave, para não competir com as cores dos véus presos ao corpo.

Pode-se optar por uma música que tenha no mínimo uns sete (7) minutos, dedicando-se a dançar aproximadamente durante um minuto com cada véu. Caso contrário corre-se o risco da retirada dos véus ser muito rápida, perdendo um pouco a qualidade da dança.

Não se dança ao som de músicas folclóricas ou solos de derbak. Sendo mais apropriadas para a dança dos sete véus as músicas instrumentais.

Dança com Taças:ança com duas taças, com uma vela dentro de cada.

É geralmente dançada em casamentos, batizados, aniversários.
As taças com velas iluminam o corpo, os trajes da bailarina e também o ambiente. Por isso recomenda-se que este não seja muito claro, mas que esteja na penumbra.
Não se sabe ao certo sua origem, mas acredita-se que tenha surgido no ocidente.
Não existe um traje pré-determinado, e também não há um ritmo específico. Apenas sugere-se que seja dançada ao som de uma música mais lenta e clássica, que cause um certo ar misterioso.
Por ser uma dança mais lenta e delicada, pode-se realizar movimentos de chão, bem como abusar de movimentos de oitos, ondulações, redondos e cambrees.

Dança do Candelabro:Dança na qual a bailarina usa um candelabro sobre a cabeça. Recomenda-se que haja um véu sobre a cabeça, embaixo do candelabro.
O candelabro pode ter de 7 a 14 velas, dependendo da preferência. Quanto menor o número de velas, menor o candelabro, e mais delicado.

Seu nome egípcio é Raks El Shamadan e sua provável origem é grega ou judaica.
É uma dança antiga que fazia parte das celebrações egípcias de casamento, nascimento e aniversários, como ainda o é em muitos países árabes.

Assim, é comum que uma bailarina entre como em um cortejo à frente dos noivos, dançando com o candelabro. Desta maneira ela procura iluminar o caminho do casal, como uma forma de trazer felicidade para ele. É uma dança que serve para celebrar a vida e a união entre as pessoas.
Não tem traje ou ritmo específico, mas geralmente dança-se ao som do ritmo Zaffe ou na versão mais lenta do Malfuf.

De qualquer forma é importante que a música seja lenta, pelo menos na maior parte do tempo, pois com o candelabro não é possível realizar muita variedade de movimentos rápidos.

É uma dança que requer mais movimentos delicados e sinuosos, além de bastante equilíbrio.

Escrito por Central Dança do Ventre!!!

"RITMOS ÁRABES"

Conheça os principais ritmos árabes para a Dança do Ventre.

Ayubi: é o nome de uma rádio show no Cairo, que deu origem ao nome deste ritmo.

É um ritmo de compasso 2/4. Pode ser cantado ou não, lento ou rápido.

Em sua versão lenta ele é mais utilizado para uma dança folclórica chamada Zaar (ver link modalidades).

Em sua versão acelerada está presente em músicas clássicas, modernas, solos de derbak e folclóricas, que são as versões mais utilizadas pra Dança do Ventre.

Nas músicas clássicas aparece geralmente nas entradas e finalizações, e também em momentos de transição.

É um ritmo linear, curto, constante, sem modificações, portanto não leva muito à inspiração, à diversificação.

Pode ser cantado assim: KA DUM KA DUM


Zaffe:Ritmo de compasso 4/4. É um ritmo lento, específico para casamentos, usado geralmente para a dança do candelabro.

Nesta dança geralmente a bailarina entra como num cortejo em casamentos antes dos noivos.

Pode ser cantado assim: DUM TAKATATA DUM TATA.

Whada Wa Noz:Ritmo de compasso 8/4. O nome significa um e meio.

Parecido com o ritmo Tschifftitilli, mas seu final é diferente, pois termina com DUM DUM TA.

Ritmo lento, às vezes tocado em solos de derbak, às vezes em músicas clássicas, às vezes em taksins.

Em taksins aparece geralmente junto com instrumentos de sopro ou corda. Em solos de derbak aparece como um início lento.

Já nas músicas clássicas aparece como um preparo para algo mais, geralmente para uma parte mais grandiosa da música.

É um ritmo que possibilita movimentação mais lenta da bailarina, como ondulações, redondos, oitos, movimentos de mãos e braços.

E como ele incita movimentos lentos, geralmente é possível realizar a dança da espada, dança no chão, dança com taças, dança com véu, etc.

Para cantá-lo: DUM TAKA TAKA DUM DUM TA.

Tschifftitilli:Ritmo de compasso 8/4. Parecido com o ritmo Whada wa noz, mas seu final é diferente, pois termina com DUM TAKATA.

É um ritmo turco, usualmente lento e moderado.

Presente geralmente em taksins (ver texto sobre instrumentos), em solos de derbak e em músicas clássicas.

Pode ser cantado assim: DUM TAKA TAKA DUM TAKATA


Soudi:Compasso 2/4. Ritmo surgido na Arábia Saudita e nos países do Golfo Pérsico (Jordânia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, etc).

Pode ter velocidade mais rápida ou mais lenta.

É característico da dança folclórica khaleege, originária dos mesmos países de onde surgiu o ritmo.

Esta dança geralmente está presente em festas femininas, casamentos, festas familiares. Tem como alguns cantores mais populares: Mouhammad Abdo, Taalaal Maadah e Abdel Majeed Abdallah.

É também tocado em solos de derbak. Para cantá-lo: TAKATA DUM TA DUM.

Masmudi:Ritmo de compasso 8/4. Parecido com o Baladi, porém é mais longo, pois seu compasso é de 8/4, enquanto o Baladi é 4/4.

Teve origem em Andaluzia. Uma de suas versões inicia-se com dois duns e a outra com três duns. Assim, podem ser chamadas respectivamente de Masmudi 2 duns, e Masmudi 3 duns.

É muito utilizado em músicas clássicas, e às vezes em solos de derbak.

Geralmente é lento, o que favorece movimentos de braços, mãos e movimentos ondulatórios.

Para cantá-lo: DUM DUM DUM TAKA DUM TAKA TAKA.

Maqsoum:Compasso 4/4. O nome do ritmo significa “algo que foi partido pela metade”.

Parecido com o ritmo Baladi, mas possui apenas um Dum no início da frase, enquanto que o Baladi inicia-se com dois Duns.

É um ritmo muito utilizado no Egito, e é mais acelerado que o Baladi.

Possui uma versão lenta e uma rápida.

Tocado geralmente em músicas modernas, podendo aparecer também em solos de derbak.

Pode ser cantado assim: DUM TAKATA DUM TAKATA.


Malfuf:Compasso 2/4. Ritmo de origem egípcia, em que a palavra malfuf significa enrolado ou embrulhado.

É um ritmo constante e curto, porém pode ser acelerado ou calmo.

Em sua versão acelerada é usado na entrada e na saída de cena da bailarina, principalmente nas músicas clássicas árabes. Neste caso, a bailarina pode abusar dos giros e deslocamentos.

Na versão acelerada aparece também em músicas modernas e em músicas folclóricas, como é o caso da dança Hagalla, Dabke, Meleah Laff.

Em sua versão mais lenta pode ser usado na dança do candelabro. Pode aparecer ainda em alguns momentos no solo de derbak.

Para cantá-lo: DUM TATA.

Falahi:Ritmo de compasso 2/4. É a versão rápida do maqsoum, por isso é um ritmo constante e acelerado.

Segundo a bailarina e professora Hayat El Helwa, “falahi vem de Falahim, nome dado aos camponeses egípcios que para amenizar o árduo trabalho, costumam dançar e cantar durante a preparação do solo para nova semeadura e novas colheitas”.

Estes camponeses geralmente moram no interior do Egito e exercem atividades de agricultura ou de pastoril de cabras e camelos.

É um ritmo geralmente tocado em danças folclóricas egípcias, principalmente aquelas ligadas às colheitas, como a dança do Jarro, a dança Gawazi e a dança dos pescadores.

Pode ser cantado assim: DUM TATA DUM TA.


Said:Ritmo de compasso 4/4. Said é o nome de uma região ao norte do Egito, onde originou-se tal ritmo.

É um ritmo muito importante no pais, bem marcado e alegre, com batidas fortes. No Said há dois Duns no meio da frase, ao contrário do Baladi onde os dois Duns são no início. Presente em músicas clássicas, solos de derbak, músicas folclóricas e na maioria das músicas modernas (cantadas ou não).

Nas folclóricas ele é ideal para a dança da bengala ou do bastão masculina (Tahtib). Nestes dois casos é geralmente acompanhada pela flauta mizmar.

Ritmo também usado na dança Dabke e tocado ainda para a dança dos cavalos, em que estes marcam as batidas mais fortes do ritmo com batidas de suas patas no chão. Pode ser cantado assim: DUM TAK DUM DUM TAKATA.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

"DANÇA DO VENTRE - UM DESPERTAR DO CORPO"

Não tem como tirar os olhos de uma mulher fazendo a dança do ventre. É fascinante ver o corpo a serviço de movimentos naturais e que a deixam ainda mais bela, em sua pura essência. Cada músculo, osso e pele se movem em harmonia para a dança e criam um clima de sedução e mistério.
Nesta hora, a guerreira, que faz tripla jornada de trabalho, pode deixar a feminilidade aflorar e é ai que consegue atingir a naturalidade, livrando-se do estresse e colocando as pressões do dia-a-dia bem longe de toda a delicadeza permitida ao universo forte e sensível das mulheres.

"A dança do ventre mexe com a fantasia e o emocional, estimulando o corpo e acabando com as inibições. Quem acha que tem o corpo feio, vai descobrir uma silhueta linda, num processo natural", diz a professora de dança do ventre,Sarah Saeeda Zar.

A sensualidade também é presente em toda a dança do ventre. Os movimentos do corpo estimulam a libido de quem os faz e de quem vê. "A mulher passa a se ver como um todo e acaba mexendo com a fantasia masculina porque faz movimentos que se prestam ao sexo",Mas não dá para confundir. A dança é apenas sensual, mas não passa por apelos ou vulgaridade. "É uma brincadeira com o corpo que faz uma volta ao lúdico", diz a dançarina. Outra vantagem é modificar a postura e os próprios movimentos, que ganham mais graça e suavidade, além de dar mais forma ao corpo.