A gestação é um dos momentos mais importantes da vida de uma mulher; no qual seu corpo modifica-se e prepara-se para gerar e pôr no mundo uma nova vida.
Dançar é uma forma de exteriorizar nossas emoções, e sentirmos bem consigo mesmo. Na gravidez não devemos nos privar de realizar essas sensações que nos provoquem bem estar.
Por isso, a partir do terceiro mês de gestação, e com a devida autorização do médico obstetra, é totalmente saudável e permitido a prática da Dança do Ventre com o acompanhamento e orientação necessária, além dos cuidados e restrições próprios desta fase.
Pesquisas sobre a origem desta dança, mostram que até mesmo antes da mais antiga civilização reconhecida historicamente, a dos Sumérios, na região da Ásia, situada entre os rios Tigres e Eufrates (partes hoje do Iraque e do Irã) eram praticados rituais sagrados em honra das divindades femininas, homenageando a Grande Deusa Mãe. As mulheres dançavam ao redor do fogo, venerando a natureza, a Terra (símbolo da fertilidade), a Lua; elas se ofertavam como filhas a serviço de sua Deusa, e procuravam receber a força da Grande Mãe.
Esta prática milenar, era usada pelas mulheres desde os primórdios da civilização, como preparação pra o parto, celebração das colheitas e culto à Deusa. Esses rituais sagrados tinham caráter religioso e de extrema importância para a mulher, que não disponibilizava da tecnologia e recursos atuais. Nos tempos antigos não existia antibióticos, nem cesariana, nem nenhum tipo de recurso atual usados para o parto ou qualquer problema decorrente dele. A Dança do Ventre como culto à Deusa era a única fonte que trazia a força e o preparo necessários para a mulher, tanto físico quanto psicológico.
O Ventre é o símbolo do útero da Terra; e ambos eram semeados, um pelo coito e a outro pelo plantio das sementes. Em época de lua cheia, no momento da semeadura, homens e mulheres acasalavam-se na terra arada, esperando que o céu fizesse o mesmo com a Terra, fecundando-a. O verbo "semear" tem a mesma origem da palavra "sêmen". Assim como a Terra precisava estar preparada para o plantio, a mulher precisava estar preparada para a gestação e o parto. Essa preparação era conseguida através da fé na Deusa Mãe juntamente com a força, respiração e consciência adquiridos através da dança.
Não trata-se de apenas uma atividade física com técnicas rígidas, mas sim uma dança da alma. E nada melhor do que sua prática para realizar esse contato com o divino, o resgate do eu-feminino, o retorno à suas origens e a formação de um elo de ligação com nossos ancestrais e com todas as forças da natureza; descobrindo que todas nós somos Deusas também. Não há nada mais belo do que uma mulher dançando e celebrando a vida na gravidez, com muita leveza e feminilidade; pois esse é o verdadeiro sentido desta dança: O dom de dar a vida através do seu Ventre.
Vejamos abaixo, alguns dos benefícios que a Dança do Ventre pode trazer para o plano físico, mental e emocional, durante a gestação:
·Melhora o desempenho dos partos naturais
·Resgata a auto-estima
· Corrige a postura
· Fortalece o assoalho pélvico
·Solta as articulações e alivia as tensões
·Auxilia na prevenção da obesidade
·Fortalece o tonifica todos os músculos das pernas, coxas, panturrilha, quadris, abdômen, glúteos, ombros, braços e seios
·Dá melhor condicionamento físico e alongamento
·Dá maior coordenação motora e ritmo
·Equilibra os chakras
·Dá mais feminilidade, leveza, suavidade, confiança e segurança
·Faz a mulher entrar em contato com a sua Deusa interior.
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