A dança do ventre, além de ser extremamente sensual, estimula o corpo, acaba com a inibição e mexe com a fantasia e o emocional das pessoas.
Os movimentos são sensuais e sem apelar para a vulgaridade.
A dança do ventre pode ser praticada desde a adolescência até a "melhor" idade, nessa fase a proposta é melhorar a qualidade de vida, proporcionar benefícios para a saúde, evitar a instalação ou piora do estado de depressão. Seus movimentos ajudam a melhorar a mobilidade articular e desenvolvem a confiança na movimentação.
Já para as adolescentes o aprendizado da dança do ventre tem inúmeros aspectos favoráveis. É um elemento de contato com a feminilidade e a maternidade, estimula a auto-estima e serve como um poderoso exercício físico.
Esta dança envolve o conhecimento e a movimentação de todo o corpo, atua como um estímulo ao refinamento do comportamento, da necessidade de gostar-se mais e da valorização de si mesma. Seus movimentos são marcantes pelas ondulações abdominais, de quadril e tronco isoladas ou combinadas, movimentos de mãos e braços, tremidos e batidas de quadril (shimmies) entre outros.
Em termos terapêuticos a dança do ventre alivia os efeitos da tensão pré-menstrual, a sensação dolorosa e o desconforto abdominal, previne distúrbios da menstruação e disfunções sexuais como a frigidez, e pode ajudar no combate a prisão de ventre (a dança promove uma massagem nos órgãos internos pelos movimentos ondulantes e pelo trabalho com a respiração).
Com tantos benefícios, a dança do ventre é vista hoje em dia não somente como uma arte milenar, mas como uma atividade física que traz diversos benefícios aos seus praticantes. Alterna exercícios aeróbicos e localizados, com movimentos pélvicos (circulares, arredondados, espirais, torções, entre outros), que funcionam como um trabalho corporal completo e minucioso, resgatando as linhas orgânicas e a coordenação motora. Em uma aula com duração de 60 minutos há um gasto calórico de aproximadamente 300 calorias.
Existem variações da dança do ventre, que são conhecidas também como:
Dança dos Sete Véus: a dançarina inicia com sete véus amarrados no corpo, cada um de uma cor que correspondem aos sete chakras. Ao decorrer da dança, os véus vão sendo desamarrados um de cada vez, o que representa a abertura de cada chakra. Por ser uma dança de ritual era dançada vestindo-se apenas os véus. Atualmente se usa por baixo uma roupa comum da dança do ventre preferencialmente na cor lilás ou branca, que simboliza a transmutação.
Dança dos Cinco Elementos: estes elementos são: água, terra, fogo, ar e o éter, sendo esta uma dança de devoção.
O ar é dançado com os movimentos dos véus;
A água recebe ondulações das mãos como os movimentos da sereia e do parto;
A terra vem com o movimento da representação do crescimento de uma árvore;
O fogo é representado por movimentos de serpente e ondulatórios de quadril, que simboliza a subida da kundaline (energia sexual);
O éter tem seu simbolismo no camelo, por ser um animal que consegue passar longos períodos sem água ou alimentação em condições adversas, como se sua força viesse de uma fonte de energia não material.
Dança da Espada: diz-se que antigamente as mulheres tomavam as espadas dos guardas nas tabernas e ficavam dançando com elas, equilibrando-as na cabeça e em outras partes do corpo e assim teria surgido esta dança.
Há ainda muitas outras danças consideradas folclóricas como a dança das flores, dança do candelabro, do dabke, do punhal, a dança da bengala, do khaliji entre outras, cada uma com suas características particulares.
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